Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas de Portugal, sendo cidade património mundial da UNESCO desde 2001, o que faz desta cidade um dos centros turísticos da região norte de Portugal.
As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem visita a cidade. Guimarães é considerada o “berço” de Portugal e teve a residência do primeiro rei de Portugal.
Guimarães cresceu de uma cidade medieval, que teve as suas origens no séc. 10. Nesta altura, a condessa Mumadona Dias ordenou a construção de um mosteiro que se tornou o ponto focal para o estabelecimento e esteve na origem da fixação de um grupo populacional chamado de Vila Baixa. Paralelamente, para a defesa do aglomerado, a condessa Mumadona Dias ordenou a construção do castelo numa colina próxima, conduzindo a um segundo núcleo de desenvolvimento. Mais tarde, o mosteiro tornou-se uma casa do capítulo e adquiriu grande importância devido aos privilégios e donativos dados por reis e nobres. Tornou-se num famoso santuário de peregrinação, atraindo padres e pagadores de promessas vindos de diferentes origens.
À medida que a vila se alargou e organizou, foi sendo circundada por uma muralha defensiva. Entretanto, ordens de frades pobres chegaram a Guimarães e deram a sua contribuição para dar forma à vila. Ambos os núcleos uniram-se em apenas um após a demolição da parede que os separavam e a vila expandiu-se para fora das paredes até ao séc. 15, quando a configuração da cidade dentro das muralhas se estabeleceu.
Nesta altura foram construídas igrejas, mosteiros e palácios mas a configuração não experimentou grandes alterações. Foi no final do séc. 19, com a emergência de novas ideias urbanísticas acerca da simetria e saúde pública que Guimarães passou a ter estatuto de cidade atribuída pela rainha D. Maria II e sofreu as maiores alterações. A demolição da muralha defensiva foi autorizada e encorajada. Foram abertas novas praças, ruas e avenidas.
Todavia, quase tudo foi feito com harmonia com a conservação do centro histórico. A cidade de Guimarães reúne de modo perfeito a história e a manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas, sendo nomeada para ser capital europeia da cultura em 2012. Guimarães foi eleita pelo New York Times como uma das 41 locais a visitar em 2011, tendo sido apontada como um sítio cultural emergente da península ibérica.